terça-feira, novembro 28, 2006

Pequenas igrejas, grandes negócios.

O folheto abaixo (o grifo vermelho é meu) veio da igreja matriz de Santana, no bairro de mesmo nome aqui em rio claro/sp.
Se eu fosse do juizado de menores, no mínimo telefonaria aos responsáveis pela peça questionando de qual renda eles imaginam que as crianças vão tirar para dar o dízimo? Considero de muito mal gosto essa "cooptação" das crianças aplicada pela igreja local.

Claro que o mínimo que fiz foi ir até a bíblia e p
rocurar a passagem no livro de Malaquias à qual o panfleto se refere. Sugiro aos mais interessados uma leitura desde o versículo 7 até o 12. É muito oportuno uma igreja católica, cujos princípios deveriam supostamente estar calcados na mensagem de Jesus Cristo e nas revelações do novo testamento (que falam mais de amor do que de maldição e dinheiro) lançar campanhas de cobrança (esse não é o primeiro panfleto) baseando-se em intimidações oriundas do velho testamento, no qual a postura do Deus supremo Javé era eminentemente punitiva, vingativa e belicosa. Afinal Ele era o Senhor dos exércitos.
Não é segredo - embora muitos não saibam - que não sou um homem muito religioso (aliás sou bem pouco religioso). Na verdade sou quase ateu, mas ainda resta um fiozinho de esperança que alguma coisa fora desta vida insana faça sentido. Porém minha indignação não é proveniente de revanchismo contra a igreja católica, muito menos contra seu pároco local, a quem não conheço. Fico indignado é com o fato de a igreja católica abrir suas representações pelo mundo e depois cobrar da comunidade o sustento da sua manutenção, como se fossem síndicos cobrando condomínio aos moradores do prédio.

Agora, apelar para as crianças é covardia! Se Deus existir espero que ele peça brevemente a vocês a prestação de contas disso tudo.

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